Depois de uma noite de balada fiquei pensando em como se enganamos com as aparências. Vejo pessoas dançando como se o amanhã não existisse, não ligando para nada, nem ninguém. Pessoas que trocam de personalidade ou inventam coisas mirabolantes sobre suas vidas. Percebo que se encontram desde corações partidos aos mais inteiros e fortes. Amor de todas as formas e jeitos.
Casais dos mais variados tipos, algo que acho lindo. Essa diversidade e alegria de cada um, não se deve ter preconceito, mas quem sou eu para julgar alguém. E bom, o que falar do banheiro feminino (já que é o único que eu entro). O banheiro se torna a legítima casa de mãe! São muitas mulheres reunidas em um lugar, às vezes pequenos, curtindo momento diferentes. Tem as que beberam demais, as sóbrias, as desligadas, as choronas, as animadas por natureza...
Depois dessa noite tumultuada para mim, percebi o quanto todos vão para as festas curtir por que querem fugir de algo, esquecer ou ser outra pessoa naquele curto período de tempo. Olhando uma pessoa que foi muito importante para mim, notei o quando eu mesma me prejudiquei. Não estou dizendo que ninguém nas festas não prestam, espera aí, mas sim que tem pessoas que enganam as outras. E se você vai em um lugar para se divertir e esquecer seus problemas pelo menos por enquanto, porque isso deveria ser estragado por alguém que só vai te prejudicar? Não vale nem um copo de vodka com energético o tempo que você vai perder com ele.
Pessoas assim tem que se manter distante, confesso que depois de um tempo já se pode identificar o "problema" a quilômetros de distância. Voltando à minha noite... Olhando para a pessoa vendo ela com outra, foi como me dar um tapa na cara. Doeu mais que picada de abelha, fica latejando por dias, se você deixar, aí que está o detalhe. Depois quando cheguei em casa para o momento "reflexão da noite" comecei a pensar na situação de outras maneiras. Conclusão: manda para aquele lugar e vai ser feliz. Brincadeira.
Na verdade eu notei o quanto se enganamos, nós mesmos fazemos isso. E a minha tristeza pela primeira vez não teve lágrimas, e sim sabedoria. Eu me senti uma pessoa cega. Exatamente isso. Cega pelo motivo de não enxergar a verdade que estava ali na minha frente, não sou a única que já sentiu isso. Mas somos cegos não só com as pessoas, como em detalhes que deixamos passar. E o meu conselho é que talvez esteja na hora de acordar, abrir os seus lindos olhos para o mundo a fora.